18h - 19h30
Sessão inaugural do Seminário de Estudos Sobre o Holocausto, dedicada à relação de Espanha com o Holocausto. Com Marta Simó, Josep Calvet e Santiago López Rodríguez.
A investigação sobre o Holocausto é, talvez, das mais dinâmicas no contexto académico internacional. Esta tem estado focada nos países que cometeram ou participaram no genocídio ou nos países cuja população foi alvo de perseguição e de extermínio. Estes estudos também se estenderam aos estados que mantiveram a neutralidade durante o conflito mas que tiveram, ou que poderiam ter tido, um papel importante no salvamento de judeus, como países de trânsito ou de exílio. Em Portugal, a historiografia tem também dedicado uma enorme atenção à temática, que tem estado igualmente presente na vida pública nacional. Em 2021, o governo português lançou o “Projeto Nunca Esquecer – Programa Nacional em torno da Memória do Holocausto” com o intuito de manter viva a memória deste acontecimento histórico, encarado como ponto de partida para prevenir e combater todas as formas de discriminação.
O Museu Nacional Resistência e Liberdade – Fortaleza de Peniche, o Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e a Fundação Aristides de Sousa Mendes organizam, a partir do ano letivo de 2021/2022, um seminário anual dedicado às temática do Holocausto. As sessões visam divulgar a mais recente investigação académica, assim como o trabalho desenvolvido na área da educação e da museologia, a nível nacional e internacional.
Sobre esta sessão:
Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo de Francisco Franco adotou medidas restritivas, que procuraram impedir a entrada de refugiados em Espanha. No entanto, o regime franquista procurou transmitir à opinião pública internacional uma imagem completamente distinta, cultivando mitos sobre o salvamento de judeus e sobre o suposto filossemitismo do seu líder. O objetivo era salvaguardar a imagem de Espanha perante os Aliados, assegurando a participação do país na nova ordem internacional, e branquear a natureza política do regime e o seu posicionamento face ao Terceiro Reich. Estes mitos haveriam de persistir muito para além da queda do regime.
O trabalho pioneiro de Haim Avni marcou o início da investigação académica sobre a relação de Espanha com o Holocausto. Desde então, a investigação tem-se focado nos refugiados que procuraram escapar da Europa através de Espanha, no destino das comunidades sefarditas na Europa ocupada ou nos discursos e práticas anti-semitas do governo franquista. A investigação tem-se ocupado o igualmente da memória e da história dos milhares de republicanos espanhóis que foram enviados para o sistema concentracionário nazi e, na última década, começou a surgir um interesse cada vez maior pelo estudo das políticas de memória.
A primeira sessão reúne três investigadores — Marta Simó, Josep Calvet e Santiago López Rodríguez — que contribuíram para renovar a investigação sobre o tema, que irão refletir sobre diversas questões.
ORGANIZADORES
Museu Nacional Resistência e Liberdade – Fortaleza de Peniche – MNRL, Instituto de História Contemporânea — NOVA FCSH e Fundação Aristides de Sousa Mendes
Canal YouTube do IHC https://www.youtube.com/IHChistory
PrecioParticipação livre
Más informacionesgeral@mnrl.dgpc.pt